• Percursos Pedestres

  • Ecovias

  • Centros de Bicicletas

  • Rotas da Fé

PR 3 – Romeiros da Peneda – Rota dos Bicos

Here you can create the content that will be used within the module.

Tipo de Percurso

Pequena Rota Circular

Distância

18.7km

Duração

7h

Dificuldade

4 Difícil
p

Estado do Percurso

✅ Circulável
h

BROCHURA OFICIAL

DOWNLOAD: PDF

A Rota dos Bicos, classificada e sinalizada como pequena rota, de acordo com os normativos FERP/ERA, percorre velhos caminhos, que faziam a ligação entre a encosta poente da Serra do Soajo e dois santuários monteses de peregrinação, São Bento do Cando e a Senhora da Peneda.

Continuar a ler...

Destaca-se neste trajecto um exemplar notável da engenharia rural serrana, a Calçada dos Bicos, erigida à séculos e implementada a meia encosta, com os seus sete lanços, apresenta-se consistente e simboliza um caminho de fé no alcance do santuário mariano. Caminhamos num único sentido, o do Santuário de Nossa Senhora da Peneda, por antigos caminhos que guiaram desde sempre os peregrinos e romeiros ao longo da Serra do Soajo e da Peneda. Ainda trilhados por muitos devotos e forasteiros, permite ao caminhante sentir aspectos geográficos, sociais e religiosos de uma das mais típicas convivências do Minho – Romaria da Peneda, onde o religioso e o profano se conjugam em harmonia. Autênticos testemunhos da importância destes caminhos de “fé”, para as gentes locais, são os relatos de antigos romeiros, que aqui apresentamos alguns dos seus extractos:

“…A minha filha nasceu no dia 5 de setembro, no dia de irmos para a Senhora da Peneda! Lembro-me bem que ia já a pé por esses caminhos fora e levávamos a merenda aos meus pais. Ia eu, o meu marido, a minha mãe e o meu pai. Quando estávamos a passar pela Lombadinha estava a sentir-me mal, mas ainda fui até ao fundo dos Bicos. Depois vim embora para trás porque sentia aquelas ameaças do parto. Cheguei a casa, meti-me na casa de banho e não tinha ninguém comigo, porque todos tinham ido para a Senhora da Peneda, mas a minha filha nasceu bem. O meu sogro, que Deus o tem, nesse dia tinha ido pelo Mezio e quando chegou à Peneda viu a minha mãe e o meu marido e disse-lhe: – “Ó homem, deixas a tua mulher em casa a parir e tu vens para a Senhora da Peneda! Vou dar-te uma coça.” Nunca mais hei de esquecer este dia. E todos os anos vamos à Peneda partir o bolo de aniversário da minha filha….”

Maria Salgado Esteves nascida em 1952

Vilaboa, 2011

“…O meu pai ficou um pedaço calado e depois disse ao meu irmão “Eu deixoa ir, mas ela há de acompanhar-te sempre e tu a ela. Ela pode dançar e divertirse, mas onde tu a vejas e ela a ti.” … Foi nesse tempo que apareceu as modas da malinha de mão e da rosinha, que já obrigava as pessoas a dançarem agarrados. E lembro-me muito bem disto, porque antes de sair de casa o meu falecido pai disse: – “Deixo-te dançar todas as modas, menos o agarrado. Se sei que tu danças essas modas ou se me dizem que te viram a dançar isso, levas de cinto. Não te perdoo!” Pai não há igual. Era muito meu amigo, mas eu tinha-lhe um respeito que só Deus sabe! Por tudo isto guardo boas memórias da Romaria à Senhora da Peneda e bendita seja ela, pois tem feito muitos milagres. Só é preciso acreditar! O meu maior sonho é que a romaria voltasse a ser como antigamente e de voltar a ver as pessoas a irem a pé por estes caminhos fora, pois garanto que além de se divertirem, iam desfrutar da natureza e de belas paisagens.”

Sara Esteves Galvão nascida em 1934

Lombadinha, 2011

• Não saia do percurso marcado e sinalizado.
• Preste atenção às marcações.
• Evite fazer ruídos e barulhos.
• Respeite a propriedade privada.
• Feche portões e cancelas.
• Não abandone o lixo, leve-o até ao respectivo local de recolha.
• Não incomode os animais. Cuidado com o gado.
• Não recolha plantas, animais ou rochas. Deixe a natureza intacta.
• Faça fogo apenas nos locais destinados para o efeito.
• Evite andar sozinho na montanha.
• Guarde o máximo cuidado nos dias de nevoeiro.
• Utilize sempre botas de montanha, impermeável e um chapéu.